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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Autocuidado em Hanseníase é tema de Seminário de Educação em Pernambuco



Morhan
Gildo Bernardo (Morhan/PE)
O Morhan-PE (Movimento de reintegração das pessoas atingidas pela hanseníase), com apoio da Universidade de Pernambuco (UPE), promoveu nos dias 22 e 23 de setembro, no auditório da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças (FENSG) e da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), o IX SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO PARA HANSENÍASE EM PERNAMBUCO, com o tema: “Autocuidado em Hanseníase na perspectiva da integralidade”.

Na oportunidade foram ofertados minicursos abordando diagnóstico e tratamento, autocuidados em hanseníase, feridas e vigilância epidemiológica, além de trabalhos de diversas localidades e instituições de ensino apresentados por meios de pôsteres. O seminário também abordou a hanseníase na contemporaneidade e as práticas de autocuidados por meio de mesas temáticas, sendo apresentadas experiências exitosas dos estados da Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Apresentações culturais marcaram o  encerramento do evento.

Experiências inovadoras nos grupos de  autocuidado
Representantes de Alagoas, Pernambuco e Paraíba
O evento teve apoio da NHR Brasil, ONG holandesa, que tem como missão promover a melhoria na qualidade de vida e reabilitação de pessoas atingidas pela hanseníase e por outras deficiências físicas no Brasil.
O Seminário, que acontece desde 2008, tem se consolidado como espaço oportuno para troca de experiências entre pessoas de diversas realidades, promovendo a interação entre estudantes, voluntários, pessoas atingidas pela doença e profissionais de saúde, a fim de discutir o estímulo ao autocuidado, a importância dos grupos de autocuidados dentro dos serviços de saúde, as ações de prevenção de incapacidade, o combate ao estigma e a busca pela eliminação da hanseníase.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Desculpe o transtorno, preciso falar de HANSENÍASE

A hanseníase é uma das doenças infectocontagiosa, de evolução lenta, e tem cura. Contudo apesar de ser uma das doenças mais antigas da história da humanidade, ainda não foi eliminada, podendo produzir incapacidades físicas e sociais, interferindo nas atividades e qualidade de vida das pessoas, além do estigma milenar que precisa urgentemente ser erradicado pela luz da informação e força de legislação.
O Brasil apresenta uma situação preocupante no cenário mundial, tendo¸ em 2015, diagnosticado 28.761 casos novos da doença, sendo juntamente com Índia e Indonésia responsáveis por mais de 10.000 novos pacientes anualmente. Juntos, esses três países representam 81% dos pacientes recém-diagnosticados e notificados no mundo, conforme dados do Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS).
A doença faz parte da lista de doenças negligenciadas e não alcançou a visibilidade que outras já conseguiram. Essa “invisibilidade” anestesia muito mais que as lesões de pele, mas também a divulgação de informação sobre a doença para a população em geral, que parece pouco saber sobre ela, apesar de estarmos vivendo um período onde as informações se propagam rapidamente pelas diversas formas de mídias formais e sociais. E toda vez que escuto alguém me perguntar se “essa doença ainda existe”, duas coisas me vêm no pensamento: de fato, a hanseníase não deveria mais existir; e o que falta acontecer para que seja divulgada e propagada em todos locais, mídias, redes sociais para que a população questione isso? Então, por que não somos bombardeados sobre o tema, considerando que a doença pode levar a deformidades e incapacidades físicas, acometendo adultos e crianças?
Em meio a isso, alguns profissionais e pessoas atingidas pela hanseníase se dedicam a divulgar sinais e sintomas da doença, garantir melhor assistência e qualidade de vida aos doentes e sensibilizar mais profissionais, gestores e a sociedade para esse problema de saúde pública, que já atingiu tantas pessoas.

Assim, desculpe o transtorno, mas é preciso falar de hanseníase.

domingo, 18 de setembro de 2016

Estratégia mundial de eliminação da lepra 2016-2020 é lançada pela OMS


A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou no primeiro semestre de 2016 uma estratégia para reduzir ainda mais a carga global e local de hanseníase, que traz como propósito a detecção precoce da hanseníase e o tratamento imediato para evitar a incapacidade e reduzir a transmissão da infecção na comunidade, em busca de para alcançar o objetivo a longo prazo de um “mundo sem hanseníase”.

Estratégia mundial de eliminação da lepra 2016-2020:
Acelerar a ação para um mundo sem lepra.
Fonte: Biblioteca da OMS/SEARO
"As metas contempladas pela Estratégia até 2020 são: 
• Eliminação do IG2 (Grau de Incapacidade 2) entre os pacientes pediátricos com hanseníase. 
• Redução de novos casos de hanseníase com IG2  a menos de um caso por milhão de habitantes. 
• Nenhum país terá leis que permitam a discriminação por hanseníase."








Vale lembrar que em 2014, foram registrados 213 mil casos de hanseníase no mundo, sendo Brasil, Índia e Indonésia, juntos, responsáveis por 81% dos casos da doença, segundo dados da OMS.


Para conferir o documento na íntegra clique AQUI.





quinta-feira, 12 de maio de 2016

Campanha de Hanseníase, Geo-helmintíases e Tracoma em Escolares, 2016


Nos dias 11 e 12 de maio de 2016, aconteceu em Brasília- DF, a Oficina Preparatória para a 4ª edição da Campanha Nacional de Hanseníase, Geo-helmintíases e Tracoma em Escolares, onde profissionais de vários locais do país, comprometidos e motivados, para execução e sucesso na campanha e tem por objetivo identificar casos de Hanseníase, Geohelmintíases e Tracoma entre escolares de 05 a 14 anos de idade, em escolas públicas. Entretanto, algumas localidades também realizarão busca por casos de esquistossomose.


Na cerimônia de abertura, o Secretário de Vigilância em Saúde (SVS), Antônio Nardi, falou sobre a importância e magnitude dessa campanha, que em 2015 tratou 5.475.963 escolares, em mais de 37 mil escolas públicas do ensino fundamental. em 2016 estima-se a participação de cerca de 63 mil escolas, e ressaltou o empenho dos profissionais das equipes de saúde da família e das unidades educacionais para o êxito das edições anteriores. Também compuseram a mesa o representantes da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), Joaquín Molina, e dos Conselhos de Secretários Estaduais, Nereu Mansano, Municipais de Saúde, José Servilha e a coordenadora geral da área de Hanseníase e Doenças em Eliminação da SVS/MS, Rosa Castália.
Geísa Campos e Micheline Mendes
Representantes da SES-PB e SMS-JP


Estiveram presentes representantes dos estados e das capitais que atenderam ao chamamento para realização da campanha, bem como representantes da Organização Pan-americana de Saúde(OPAS);do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS); Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS); Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH); Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan); além do Ministério da Saúde, por meio da Coordenação Geral da Hanseníase e Doenças em Eliminação (CGHDE) e Departamento de Atenção Báscia (DAB).







domingo, 21 de fevereiro de 2016

Abertas as inscrições para curso online Hanseníase na Atenção Básica



O curso online Hanseníase na Atenção Básica, oferecido gratuitamente pela Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) está com inscrições desde o dia 26 de janeiro e vão até 15 de maio.

O curso possui carga horária de 45 horas e é dividido em três unidades: vigilância; diagnóstico e acompanhamento da hanseníase na Atenção Básica. A oferta é direcionada a profissionais de saúde atuantes da Atenção Básica, mas também é aberta a outros profissionais interessados no tema, tendo pro objetivo preparar os profissionais para atuarem no controle da transmissão da hanseníase e diminuir as incapacidades causadas pela doença.
Para se inscrever clique aqui

Fonte: UNA-SUS



Fonte:  UNA-SUS (Universidade Aberta do SUS) e Blog da Saúde



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Ministério da Saúde publica Portaria aprovando as "Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública"

A Portaria nº 149, de 03 de fevereiro de 2016 do Ministério da Saúde aprova as "Diretrizes para Vigilância, Atenção e Eliminação da Hanseníase como Problema de Saúde Pública, com a finalidade de orientar os gestores e os profissionais dos serviços de saúde" E nesse contexto disponibiliza o manual de “Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública: manual técnico-operacional”, que visa subsidiar e orientar os profissionais para o exercício de atividades em vigilância e atenção à saúde, em todos níveis de atenção.
Portaria n 149, de 03 de fevereiro de 2016
Segundo o próprio manual, seu objetivo é “Padronizar as diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da hanseníase como problema de saúde pública no Brasil.”


Essa publicação traz novidades em relação ao grau de incapacidade física, indicadores epidemiológicos, critérios de abandono e exame de comunicantes.