O objetivo desse Blog é o compartilhamento de informações e conhecimentos entre profissionais de saúde.
Este blog é independente, não faz parte que qualquer órgão ou entidade pública ou privada.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A Paraíba sedia 1º Encontro Nacional de Grupos de Autocuidado em Hanseníase



O Ministério da Saúde em parceira com a Secretaria de Saúde do Estado -PB e com a ONG Holandesa NHR (Nederlandse Stichting voor Leprabestrijding) promove o 1º encontro Nacional de Grupos de Autocuidado em Hanseníase, nos dias 07 e 08 de novembro de 2013, no Hotel Portal do Sol, em João Pessoa.



Participam desse encontro os pacientes, ex-pacientes e profissionais dos Estados do Amazonas, Amapá, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Rondônia, Piauí, Maranhão, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins, Pará, Paraíba e o Distrito Federal.

A formação de grupos de autocuidado é uma estratégia apoiada pelo governo federal para promover autonomia e qualidade de vida às pessoas atingidas pela hanseníase. 


A Paraíba possui 5 grupos de autocuidado em plena atividade nos municípios de Patos, Cabedelo, Cajazeiras, Campina Grande e João Pessoa (no Hospital Clementino Fraga, referência estadual em hanseníase). As reuniões acontecem um vez ao mês e os temas abordados são escolhidos pelos participantes (pacientes, ex-pacientes, familiares) de acordo com a necessidade do grupo.


5º Encontro Paraibano de Grupos de Autocuidado em Hanseníase



A Paraíba, através do Núcleo de Doenças Endêmicas, da Secretaria do Estado da Saúde(SES-PB), promoveu nos dias 05 e 06 de novembro de 2013, no Hotel Ponta do Sol, em João Pessoa, o 5º Encontro Estadual de Grupos de Autocuidado. A atividade contou como a parceira da ONG Holandesa NHR (Nederlandse Stichting voor Leprabestrijding), que apóia o combate a hanseníase no Brasil.

Os grupos de autocuidado em hanseníase têm como objetivo a autonomia, a qualidade de vida e o empoderamento as pessoas atingidas pela hanseníase. As reuniões acontecem um vez ao mês e os temas abordados são escolhidos pelos participantes (pacientes, ex-pacientes, familiares) de acordo com a necessidade do grupo.

Na Paraíba essas atividades tiveram início em 2006; contando hoje com 5 grupos atuantes, distribuídos em cinco cidades: João Pessoa (Hospital Clementino Fraga), Campina Grande, Cabedelo, Patos e Cajazeiras; onde acontecem trocas de experiências e conhecimentos, estímulo ao autocuidado e prevenção de incapacidades entre pacientes, ex-pacientes, familiares e profissionais de saúde.

Os grupos são apoiados e monitorados pelos profissionais das equipes de saúde do municípios e da SES-PB para identificar necessidades, promover atendimento integral e mensurar os resultados dos integrantes dos grupos.

Essa foi a 5ª edição dos Encontros Estaduais de Grupos de Autocuidado, chamado pelo pacientes e familiares de "Encontrão", onde anualmente é promovido o encontro entre pacientes e profissionais de todos os grupos de autocuidado do estado, a fim de compartilharem as experiências exitosas.

A hanseníase é uma doença causada por uma bactéria, que atinge pele e nervos da face, braços e pernas. Podem surgir manchas com alteração de sensibilidade em qualquer local do corpo. Após o início do uso da medicação  pessoa deixa de transmitir a doença. A hanseníase tem cura , a medicação é gratuita e está disponível em todos as unidades de saúde.



terça-feira, 13 de agosto de 2013

Brasil participa da Cúpula Internacional de Hanseníase

Realizada em Bangkok, Tailândia, a conferência teve como tema “Superando os desafios remanescentes”. Durante o evento, o Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde brasileiro, Jarbas Barbosa, apresentou as estratégias adotadas pelo país para cumprir a meta de eliminar a doença como problema de saúde pública até 2015.

Representantes de 17 países endêmicos para hanseníase reafirmam compromisso de eliminação da doença, durante Cúpula Internacional, em Bangkok.
  
O evento, promovido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Fundação Nippon-Sasakawa para a Saúde, foi realizado em Bangkok, no período de 24 a 26 de julho.

Ministros, vice-ministros e representantes de instituições não governamentais de 17 países endêmicos para a hanseníase, incluindo o Brasil, participaram da Cúpula Internacional sobre a doença, entre os dias 24 a 26 de julho. Realizada em Bangkok, Tailândia, a conferência teve como tema “Superando os desafios remanescentes”. Durante o evento, o Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde brasileiro, Jarbas Barbosa, apresentou as estratégias adotadas pelo país para cumprir a meta de eliminar a doença como problema de saúde pública até 2015.
Entre os avanços já alcançados no Brasil, destaca-se a aceleração na redução do número de casos, registrada, principalmente, nos últimos 10 anos. Em 2002, havia 4,33 registros da doença a cada 10 mil habitantes. Em 2012, o número caiu para 1,51, uma redução de 65%. “Os números comprovam que estamos no caminho certo e atingiremos, muito brevemente, os índices considerados para a eliminação da doença enquanto problema de saúde pública, quando há menos de 1 caso por 10 mil habitantes, no nível nacional. Mas, queremos ir muito além, atingindo esse índice em cada estado e depois em cada município”, enfatizou Barbosa.
O Ministério da Saúde vem apoiando os municípios e estados que ainda apresentam índices elevados de hanseníase, localizados principalmente nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. No ano de 2011 foi feito um repasse adicional de recursos para esses municípios prioritários, de cerca de R$ 16 milhões. Além disso, em 2012 o Brasil lançou um plano de ações estratégicas e no ano de 2013 realizou uma campanha inédita de diagnóstico de casos suspeitos de hanseníase em escolares, que examinou 9,3 milhões de estudantes do ensino público em cerca de 800 municípios prioritários. Durante essa campanha foram distribuídas 10 milhões de cartilhas educativas para professores e estudantes, com orientações gerais sobre a doença, levando informações sobre a doença para todas essas famílias, que vivem em áreas de alta incidência da hanseníase. A campanha, considerada como uma das ações inovadoras efetivas para reduzir a carga da hanseníase, possibilitou a detecção de mais de 200 casos novos entre os escolares.
Declaração de Bangkok – Como resultado da Cúpula Internacional de Hanseníase, os participantes elaboraram a “Declaração de Bangkok”, documento que reconhece os avanços globais na redução da doença nos últimos 25 anos, obtidos principalmente após a implementação da multidrogaterapia (MDT), mas mantém a preocupação com a ocorrência contínua de novos casos em vários países.
Entre as estratégias que devem ser adotadas para alcançar garantir um mundo livro de hanseníase, estão: aumento de recursos no setor, com foco em áreas geográficas altamente endêmicas; desenvolvimento de meios vigorosos e inovadores para reduzir o tempo de detecção dos casos e de conclusão dos tratamentos.
Uma novidade dessa declaração é o compromisso de alcançar a meta global de redução da ocorrência dos novos casos com deformidades visíveis (incapacidade grau 2) para menos de 1 caso por milhão da população, até o ano 2020. O documento reitera, ainda, a necessidade de se continuar trabalhando para assegurar a implementação de resoluções da Organização das Nações Unidas relacionadas ao fim da discriminação de pessoas afetadas ou portadoras de hanseníase e suas famílias (A/RES/65/215 e A/HRC/15/30).



domingo, 28 de julho de 2013

UNA-SUS lança Programa Multicêntrico de Qualificação Profissional em Atenção Domiciliar à Distância

“O Programa Multicêntrico de Qualificação Profissional em Atenção Domiciliar à Distância é resultado de uma parceria entre o Ministério da Saúde e Universidades integrantes da Rede Universidade Aberta do SUS (UFMA, UFC, UFSC, UFMG, UFCSPA, UFPE, UFPel, UERJ). O objetivo da iniciativa é fazer com que profissionais da gestão se tornem aptos a implantar e gerenciar serviços de atenção domiciliar, e que profissionais da atenção a saúde desenvolvam habilidades para qualificar o atendimento prestado nessa modalidade.
O programa é composto por 18 módulos, totalmente auto instrutivo e não há tutores, podendo ser feito diretamente pela internet. O profissional de saúde também poderá acessar o conteúdo através de tablets e smartphones.
Gestores e profissionais de saúde podem ainda compartilhar experiências através da Comunidade de Práticas e também participar de enquetes e fórum de discussão promovidos na plataforma do curso.”



quarta-feira, 24 de julho de 2013

Banco de Materiais Educativos sobre Hanseníase em acesso livre

Pesquisadores da FIOCRUZ lançaram o Banco de Materiais Educativos sobre Hanseníase

"Trata-se de um acervo eletrônico de Materiais educativos sobre hanseníase” que contém 276 impressos produzidos por instituições governamentais e não-governamentais que atuam neste campo. O produto foi elaborado por Adriana Kelly Santos e Simone Monteiro do Lab. de Educação em Ambiente e Saúde (LEAS) do Instituto Oswaldo Cruz. O acervo integra a tese de doutorado A palavra & as coisas: lprodução e recepção de materiais educativos sobre hanseníase, defendida pela primeira autora, na Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, em 2009, sob orientação de Simone Monteiro. Com esta iniciativa espera-se contribuir com a democratização da informação e com a memória das práticas comunicativas promovidas no contexto de Programa de Controle de Hanseníase do Sistema Único de Saúde do Brasil."


Ações para controle da tuberculose na Atenção Básica (CURSO ONLINE)!!!


Descrição do Curso

Esse curso é resultado de uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS). O objetivo da iniciativa é fazer com que médicos e enfermeiros de toda a rede básica do país (de centros de saúde, de postos de saúde e das equipes de saúde da família) aprendam a diagnosticar casos de tuberculose, manejar corretamente e promover atividades de detecção, controle e busca de contatos. A capacitação dos profissionais possibilitará uma redução ainda maior da incidência e da mortalidade pela doença.
Apesar dos grandes avanços que tivemos nos últimos anos, a tuberculose ainda é um grande problema de saúde pública em nosso país. A manutenção do problema acontece, entre outros motivos, porque menos de 60% dos casos são diagnosticados na atenção básica. Ainda é muito frequente no Brasil, infelizmente, que casos de tuberculose só sejam diagnosticados nos prontos-socorros e nas unidades de pronto atendimento (UPAs), quando o paciente já apresenta um quadro mais grave.
O diagnóstico precoce é o primeiro passo para a redução da mortalidade por tuberculose, que ainda é relativamente alta em nosso país. O segundo passo está relacionado ao atendimento: o vínculo entre paciente e atenção básica vai aumentar muito as chances de que ele complete o tratamento, atingindo um percentual de cura elevado. Esta é outra grande estratégia para reduzir a incidência da tuberculose.
Por último, nas ações de vigilância, é importante a realização da busca de contatos. Onde existe um caso de tuberculose, seja no ambiente familiar, no ambiente do trabalho, no ambiente de convivência, provavelmente existem outros casos de tuberculose. Encontrá-los, diagnosticar precocemente e tratá-los significa interromper a cadeia de transmissão e fazer com que a tuberculose se reduza ainda mais no Brasil.
O curso  é composto por módulos, totalmente auto-instrutivo, não há tutores, a pessoa faz diretamente pela internet. Nós acreditamos que ele vai ajudar muito a qualificar a nossa atenção básica, pois oferecerá os conhecimentos necessários para manejar, diagnosticar e tratar um caso de tuberculose.  Assim, esperamos aperfeiçoar ainda mais as ações do nosso programa de tuberculose.
Bem-vindos e bom curso!
Jarbas Barbosa
Secretário de Vigilância em Saúde - Ministério da Saúde

O conteúdo do Curso é de responsabilidade da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). 

 


Influenza - atualização do manejo clínico (curso online)


O curso Influenza - atualização do manejo clínico é oferecido pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde por meio do Sistema Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS). É o primeiro dos sessenta (60) módulos educacionais produzidos para apoiar os médicos participantes do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab).
O objetivo da iniciativa é atualizar profissionais médicos que atuam em toda rede assistencial e reforçar o manejo adequado da influenza, de acordo com os protocolos vigentes do Ministério da Saúde, que preconizam o uso da medicação antiviral e a atenção especial aos casos de síndrome respiratória aguda grave.
Sobre o curso

O curso apresenta casos clínicos interativos, com explicações sobre os erros e acertos a cada decisão que o médico tomar. Ao final de cada caso, o profissional poderá assistir a um vídeo com comentários de médicos especialistas sobre o tema abordado. Além disso, o curso dá acesso a materiais de apoio como fluxograma de tratamento, orientações de etiqueta respiratória e links para outros conteúdos.
O curso tem duas formas de acesso: matriculado e visitante. Para acessar como matriculado é preciso ser médico e nessa modalidade, o concluinte recebe uma declaração de participação.
Para receber sua declaração online, o profissional matriculado deve concluir os quatro casos clínicos propostos no curso. Essas atividades educacionais podem ser realizadas no ritmo do aluno, com prazo máximo até 10/08/13 para certificação na primeira turma. O certificado é enviado automaticamente por email dentro de alguns dias.
O acesso ao curso é feito pelo Portal UNA-SUS. Logue-se usando o Cadastro Nacional de Profissionais de Saúde (CNPS) ou a senha de sua Universidade, caso já seja aluno de pós-graduação da UNA-SUS. Caso ainda não tenha login, cadastre-se no site.
Estudantes e outros profissionais de saúde também poderão acessar os materiais na íntegra como visitantes, sem necessidade de matrícula. Essa modalidade de acesso, entretanto, não concede declaração de participação.


sexta-feira, 21 de junho de 2013

DESMISTIFICANDO O DIREITO AO BENEFÍCIO SOCIAL DO PACIENTE COM HANSENÍASE


Rebecca Cristhyna Batista da Silva*
  Assistente Social Sanitarista.


    Existem alguns mitos que envolvem o Direito a benefício para os pacientes com hanseníase, algumas pessoas acreditam que o fato de serem portadores de Hansen teriam direito, irrecusável, de receber um auxílio do governo. O que a Lei reza é que toda pessoa com hanseníase, que já foi submetida a isolamento ou a internação compulsória, tem direito a receber uma pensão especial. Este amparo legal está assegurado e exemplificado na Lei nº 11.520, de 18 de setembro de 2007 e no Decreto nº 6.438, de 22 de abril de 2008.

Quanto ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é um benefício social, regido pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei 8.742/93, muito comentado no ambulatório de Dermatologia e questionado pelos pacientes e demais profissionais da equipe, não é estendido aos pacientes de hanseníase, puramente por serem portadores de Hanseníase e sim apenas para aqueles que desenvolveram alguma incapacidade em decorrência da doença. O paciente é submetido a uma avaliação da deficiência e do grau de incapacidade por uma perícia médica e social, no INSS, por meio de instrumentos desenvolvidos especificamente para este fim.

Com relação aos pacientes que contribuem para o INSS, sejam estes trabalhadores formais (aqueles tem “carteira assinada”) ou para aqueles que contribuem como autônomos, devemos orientá-los sobre seus direitos trabalhistas e previdenciários quais sejam: direito de permanecer trabalhando; direito de se afastar quando necessário e o direito a requerer auxílio-doença quando necessário. Para ter estes direitos é imprescindível que o paciente esteja contribuindo para a previdência antes do diagnóstico da doença.

Ou seja, a proposta do Serviço Social no Programa de Controle da Hanseníase do CHCF, neste caso específico, é realizar a análise sócio-econômica dos pacientes para orientações sobre estes benefícios sociais e previdenciários.

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*Bacharel em Serviço Social
Pós-graduação em Saúde Pública e Serviço Social.
Atualmente é assistente social da Equipe de Dermatologia do Complexo Hospitalar Dr Clementino Fraga e Técnica Social do Programa Minha Casa Minha Vida da Secretaria Municipal de Habitação Social da Prefeitura de João Pessoa.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Curso de Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à Saúde



As inscrições devem ser feitas até o dia 28 de junho de 2013
O Ministério da Saúde lançou, no dia 18 de março, o curso de Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à Saúde. Voltado aos profissionais de nível superior que atuam na atenção básica de municípios com 50 a 100 mil habitantes, o curso está estruturado a partir de histórias de usuários do SUS, que, ao percorrerem o sistema em busca de cuidado, trazem demandas específicas que dependem do seu contexto de vida.
As histórias mostram como essas especificidades devem ser respeitadas pelos profissionais que realizam o atendimento, especialmente na atenção básica. Os casos dos usuários são apresentados no formato de história em quadrinhos e, após cada trecho da história, são oferecidos materiais específicos sobre os mais diversos assuntos.
O curso é totalmente on line e receberá inscrições até o dia 28/06/2013.
Para se inscrever, siga as etapas descritas abaixo:
1º passo - Acesse o site da “Comunidade de Práticas” neste link.
2º passo - Faça seu cadastro.
3º passo - Depois que estiver cadastrado no site, clique no ícone ‘Comunidades’, localizado na parte superior à esquerda da tela. Ao clicar, você poderá visualizar a lista das comunidades do site.
4º passo – No final da página, procure a comunidade “Curso Colaborativo sobre Doenças Crônicas” e clique no ícone “PARTICIPAR”. Pronto, você já poderá receber notificações do curso, visualizar os conteúdos e fazer comentários na Comunidade do curso! Seja bem vindo!
Informações:
Para mais informações, acesse o módulo orientador - você terá acesso a esse módulo depois de estar cadastrado e estiver participando da comunidade - ou tire suas dúvidas pelo email cronicas.ead@saude.gov.br. Fonte: 
http://dab.saude.gov.br/portaldab/noticias.php?conteudo=_&cod=1757


quarta-feira, 22 de maio de 2013

O papel do Assistente Social nas Ações de Controle da Hanseníase no Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa.


Rebecca Cristhyna Batista da Silva*
  Assistente Social Sanitarista.


       A área da saúde, tradicionalmente, grande empregadora de assistentes sociais, mostra-se um campo fértil para o exercício profissional, e é inegável a importância do assistente social na área da saúde, a partir do momento em que o conceito ampliado de saúde a considera determinada por diversos fatores os quais estão vinculados à condição de vida da população, compreendendo que os determinantes sociais influenciam diretamente no processo saúde-doença.
       Dessa forma o assistente social se insere no trabalho em saúde atuando sobre os determinantes sociais que envolvem o processo saúde-doença com a perspectiva de atender as necessidades dos usuários bem como com a possibilidade de acesso dos usuários do serviço de saúde às políticas sociais como um todo.
      Este contexto expressa a necessidade dos assistentes sociais afirmarem seu trabalho a partir da perspectiva do direito e da socialização de informações atuando na perspectiva do espaço público como lócus de efetivação de direitos, elemento este fundamental para a transformação do direito meramente formal em direito concreto, real.
       No Complexo Hospitalar Dr. Clementino Fraga (CHCF) o Serviço Social se insere nos diversos programas de saúde executados, entre estes o Programa de Controle da Hanseníase que tem como meta tratar todos os casos, com diagnóstico precoce, prevenindo a transmissão e as incapacidades físicas.
      O atendimento se dá em equipe multiprofissional, na perspectiva de Integralidade, tendo como proposta um atendimento mais sistematizado e de melhor qualidade para pacientes e familiares, ampliando o conhecimento em relação à doença enfatizando, principalmente, que a doença tem tratamento e cura. Sensibilizando assim o paciente a aderir ao tratamento proposto.
       No que diz respeito ao atendimento integral à pessoa acometida pela hanseníase, há que se considerar a importância do Serviço Social neste processo, de acordo com a Lei 8080/93, que estabelece o Sistema Único de Saúde, bem como as respectivas Leis e Normas complementares.
     São atribuições específicas do assistente social do Programa: realizar a análise sócio-econômica dos pacientes para orientações sobre benefícios sociais e previdenciários; interagir com as redes de apoio social como: conselho tutelar, conselho do idoso e promotoria pública; em caso de transferência do paciente para Unidade de Saúde da Família ou município de origem o assistente social realiza contato com a equipe da instituição em tela para informar a transferência e passar dados do paciente; Busca ativa em caso de paciente faltoso – aquele que deixa de comparecer para dose supervisionada ou consulta médica - é realizado contato telefônico e reforçada a necessidade de adesão ao tratamento; orientar o paciente, residente em outro município, sobre o Tratamento Fora de Domicílio a fim de que este não falte ao tratamento por falta de condições para deslocar-se até o Hospital; acompanhar as reuniões do Grupo de Autocuidados a fim de promover exposição oral/dialogada sobre os Direitos dos Pacientes com Hanseníase. Sempre que solicitado e/ou necessário realizar atendimento multiprofissional na perspectiva de ampliar o atendimento prestado pela equipe contribuindo para a construção de princípios favoráveis ao acolhimento do usuário.
       Enfim a proposta do Serviço Social no Programa de Controle da Hanseníase do CHCF é atuar na mediação do paciente de hanseníase no seu processo de tratamento e na garantia do direito constitucional à saúde e direitos sociais.

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*Bacharel em Serviço Social
Pós-graduação em Saúde Pública e Serviço Social.
Atualmente é assistente social da Equipe de Dermatologia do Complexo Hospitalar Dr Clementino Fraga e Técnica Social do Programa Minha Casa Minha Vida da Secretaria Municipal de Habitação Social da Prefeitura de João Pessoa.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Orientações para uso de corticosteroides em hanseníase



O Ministério da saúde, por meio da Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Hanseníase, lançou em 2010, como parte de  seu acervo de publicações, um manual com as “Orientações para uso de corticosteroides em hanseníase”, o qual tem como propósito uniformizar conceitos e condutas e auxiliar profissionais de saúde na tomada de decisões sobre essa terapêutica e seu acompanhamento.

"Em hanseníase, os corticosteroides são comumente usados para prevenir o dano neural associado à doença (reações tipo 1 e 2), por um período de  tempo longo e variável. Esse processo pode envolver não apenas a atenção  primária, mas também a especializada e requer profissionais qualificados  para manejar a terapia e possíveis complicações."

Esse material está disponível para download na biblioteca desse blog, ou no link abaixo.
Fonte:Portal Saúde/ Ministério da Saúde, disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/corticosteroides_em_hanseniase_13_8_2010.pdf



terça-feira, 14 de maio de 2013

Guia de Prevenção de Alterações Oculares em Hanseníase


Essa é uma importante publicação da DAHW - Associação Alemã de Ajuda aos Hansenianos, em parceria com ILSL - Instituto Lauro de Souza Lima, sobre prevenção de alterações oculares em hanseníase.
Compõe a equipe que formulou esse guia a enfermeira Hannelore Vieth, que é referência na prevenção de alterações oculares.


Disponível em: http://www.dahwmt.org.br/downloads_dw.php?file=9b6ecguiadeprevencaodealteracoesdeocularesemhanseniase-ilepbrasil.pdf


domingo, 12 de maio de 2013

Avaliação Neurológica Simplificada



Esse material é destinado a profissionais de saúde que acompanham as pessoas doentes de hanseníase. Ele orienta a realização do exame neurológico simplificado, incluindo procedimentos mínimos para avaliação de face, membros superiores e membros inferiores.
Para acessá-lo, click no link na biblioteca desse Blog.

Fonte: Lehman, Linda Faye et alli. Avaliação Neurológica Simplificada/ Linda Faye Lehman, Maria Beatriz Penna Orsini, Priscila Leiko Fuzikawa, Ronise Costa Lima, Soraya Diniz Gonçalves. BeloHorizonte: ALM International, 1997. 104 p.: il.

A vida não pára - reconhecendo e curando a hanseníase

Esse vídeo traz relatos de casos de pessoas acometidas pela hanseníase, onde essas pessoas descrevem desde a suspeição até a cura da doença. O vídeo é um excelente material  e pode ser utilizado tanto na sensibilização de profissionais de saúde, quanto com a população em geral. Acesse-o clicando no link abaixo:


sábado, 11 de maio de 2013

Hanseníase e Direitos Humanos.

Material importante para conhecimento dos direitos e deveres da pessoa doente de hanseníase. Profissionais e cidadãos devem ter acesso a essas informações.
Essa cartilha foi produzida pelo Ministério da Saúde coma finalidade de informar aos pacientes os seus direitos e deveres, atuando como parceiro da equipe de saúde. Ela traz informações obre a legislação e também depoimentos de pessoas que estão em tratamento para hanseníase.
 Ela  também está disponível na biblioteca desse Blog para leitura e download.

Hanseníase e Direitos Humanos


Enfermeira fala de Hanseníase (Novela Viver a Vida)

Vale a pena rever...

A enfermeira Paula Brandão falando como descobriu que estava com hanseníase, como encarou o diagnóstico e o estigma que muitas vezes acompanha a doença, apesar de ter cura.



Esse vídeo fez parte dos depoimentos que foram ao ar na Novela Viver a Vida, e está disponível no youtube e acervo de vídeos do MORHAN.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Vídeos do Ministério da Saúde sobre hanseníase

    Vídeos curtos do Ministério da Saúde veiculados como propaganda podem auxiliar  nas atividades de sala de espera sobre hanseníase (O que é hanseníase?, Hanseníase pega?, Como se trata a hanseníase?)

O que é hanseníase?


Hanseníase pega?


Como se trata a hanseníase?








segunda-feira, 6 de maio de 2013

Atlas de Hanseníase

Atlas de Hanseníase: um importante instrumento no estudo da hanseníase. O link para o livro está disponível na biblioteca deste blog.
Referência:
OPROMOLLA, D.V.A. Atlas de Hanseníase. Instituto Lauro de Souza Lima: Bauru-SP, 2002.

Homem Virtual ajuda no ensino sobre a hanseníase



O Projeto Homem Virtual consiste no desenvolvimento de imagens tridimensionais das estruturas do corpo humano, utilizando recursos da computação gráfica, aliado a projetos de diversas áreas. Cada projeto é desenvolvido por uma equipe de profissionais das áreas de digital design, comunicação, tecnologia, além de médicos de demais profissionais de saúde.
Estas características tornam o Homem Virtual uma moderna ferramenta educacional. Os vídeos funcionam como objetos de aprendizagem, ou seja, conjuntos reutilizáveis de informações que podem ser empregados em diferentes contextos. São ilhas de conhecimento, aplicáveis a públicos-alvo distintos, dentro de estratégias pedagógicas que visam objetivos específicos.
O Homem Virtual foi criado em 2003 pelos professores doutores: György Miklós Böhm e Chao Lung Wen, da Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP, que buscavam um novo método para transmitir conhecimentos sobre saúde.


O CD do Homem Virtual  em Hanseníase é um projeto que explica de forma fácil os diversos aspectos da Hanseníase. Ele surgiu por meio de uma parceria entre a Faculdade de Medicina da USP, OPAS (Organização Panamericana de Saúde) e o Ministério da Saúde.

Acesse o site e conheça vários títulos:  http://www.projetohomemvirtual.org.br/videos/default.aspx


domingo, 5 de maio de 2013



ACRE DEBATE HANSENÍASE E DIREITOS HUMANOS
http://www.morhan.org.br/noticias/1999/acre_debate_hanseniase_e_direitos_humanos

ACRE DEBATE HANSENÍAS E EDIREITOS HUMANOS
Seminário e encontro de filhos separados pelo isolamento compulsório da doença fazem parte da programação especial, que acontece em Cruzeiro do Sul.
Na próxima quarta-feira, 08 de maio, o município de Cruzeiro do Sul, no Acre, recebe uma programação especial promovida pelo Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase(Morhan).

 SERVIÇO


Seminário  “Hanseníase, preconceito e controle social”
Data: Quarta-feira, 08 de maio, 8h 30
Local: Auditório Centro de Saúde Manoel Bezerra Cunha
Avenida 25 de agosto, s/n
Cruzeiro do Sul-Acre

Encontro Municipal dos Filhos Separados pelo Isolamento Compulsório no Valedo Juruá
Data: Quarta-feira, 08 de maio, 18h
Local: Praça do centro Cultural Cruzeiro do Sul
Avenida Rodrigues Alves, Centro
Cruzeiro do Sul- Acre

 CONTATO
Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase– MORHAN
Assessoria de Comunicação
Bel Levy- 21 7240 4488
Renata Fontoura- 21 9615 0648
TELEHANSEN: 0800 26 20 11


Fonte: http://www.morhan.org.br/noticias/1999/acre_debate_hanseniase_e_direitos_humanos

sábado, 4 de maio de 2013

Materiais Informativos e Educativos


Alguns materiais informativos e educativos sobre hanseníase estão disponíveis na aba Biblioteca deste Blog. Acessem e boa leitura!

Médicos do Provab podem tirar dúvidas por 0800

http://www.blog.saude.gov.br/medicos-do-provab-podem-tirar-duvidas-por-0800/

Médicos do Provab podem tirar dúvidas por 0800

Ao todo, 3.895 médicos participam da atual edição do programa. Eles trabalham em Unidades Básicas de Saúde de 1.287 municípios localizadas, principalmente, nas periferias dos grandes centros urbanos, em regiões de difícil acesso, com população rural e pobreza elevada. Por meio do programa, cursam pós-graduação com duração de 12 meses e atuam com a supervisão de Instituições de Ensino Superior e acompanhamento dos gestores locais. Contam ainda com ferramentas digitais de apoio ao seu trabalho, como o 0800.
“O 0800 é mais um instrumento para dar apoio ao médico que está na periferia de uma grande cidade ou em um município distante ou do interior. Através deste canal, o médico da Atenção Básica, antes de encaminhar o paciente para outra unidade ou nível da assistência, pode ter acesso a um médico especialista experiente, que vai tirar dúvidas e orientá-lo sobre como cuidar daquele paciente ali mesmo na periferia ou no interior. Isso vai qualificar e agilizar todo o processo de atendimento do SUS, reduzindo, por exemplo, o tempo de espera e as filas para exames/, esclarece o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Serviço – Ao ligar para o 0800 – 644 6543, o médico é atendido por um profissional de call-center que confirma a participação dele no Programa e remete o atendimento para uma equipe qualificada, composta por médicos especialistas em Medicina de Família e Comunidade. O novo canal de comunicação faz parte do Telessaúde Brasil Redes, programa do Ministério da Saúde que utiliza as tecnologias de informação para apoiar os profissionais de saúde na sua prática clínica e processo de trabalho, oferecendo teleconsultorias, telediagnósticos e ações de teleducação aplicadas às questões e dificuldades vivenciadas na prática clínica, na gestão do cuidado e no processo de trabalho em saúde.
Além do telefone 0800 644 65 43, os serviços de teleconsultorias, telediagnósticos e ações de teleducação, podem ser feitos de duas outras maneiras: pela Plataforma Online do Telessaúde Brasil Redes (disponível no endereço: www.telessaude.gov.br), onde o profissional envia a pergunta por texto e receberá a resposta em até 72 horas e também por webconferência por meio de software de comunicação online, que deve ser agendada junto aos núcleos de Telessaúde que dão suporte a região onde o profissional atua. “Desta forma integramos Unidades Básicas de Saúde (UBS) e serviços de saúde a Núcleos de Telessaúde Técnico-científicos, capazes de imergir no problema apresentado pelo médico da atenção primária e apresentar respostas mais rápidas para a população”, afirma Mozart Sales, secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde.
Outra ferramenta que os médicos têm a disposição para subsidiar a tomada de decisão no diagnóstico, no tratamento e na gestão é o Portal Saúde Baseada em Evidências (disponível no endereçoperiodicos.saude.gov.br), que possibilita o acesso as melhores publicações científicas, de conteúdo atualizado e com práticas clínicas.
Telessaúde - A rede do Telessaúde Brasil é composta por 14 núcleos localizados em instituições formadoras de referência e órgãos de gestão. Conta com aproximadamente 2 mil pontos em Unidades Básicas de Saúde (UBS) de 1.152 municípios e 21.260 profissionais das equipes de Saúde da Família. Desde 2007, foram realizadas mais de 109 mil teleconsultorias, 859 mil telediagnósticos (análise de exames de apoio a distância) e mais de 346 mil participações em atividades de teleducação. “Onde o Telessaúde já foi implantado evitamos o encaminhamento dos pacientes para atendimento em outro serviço de saúde em 70% a 80% dos casos. Isso tem um relevante impacto financeiro, além de ampliar o acesso e melhorar a resolubilidade da atenção à saúde prestada à população”, enfatiza o Secretário Mozart Sales.
Em 2012, o Telessaúde Brasil Redes recebeu um reforço de R$ 70 milhões para implantação de novos pontos e 64 núcleos, e estará presente, até o final de 2013, em 3.266 municípios de todas as unidades federativas.
Fonte: Paula Rosa e Priscila da Costa / Agência Saúde



Sensibilização nas Ações de Controle da Hanseníase

A partir do dia 27 de maio estaremos dando início as ações de sensibilização nas Ações de Controle da Hanseníase para profissionais que atuam na atenção básica à saúde de João Pessoa - PB. 
Dando início as atividades teremos como público alvo os Médicos, Enfermeiros, Cirurgiões Dentistas, Auxiliares de Saúde Bucal (ASB), Técnicos de Enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde (ACS);sendo assim, cerca de 320 profissionais que atuam no território do Distrito Sanitário IV (João Pessoa), que exercem atividades nas Unidades de Saúde da Família (USF) e Unidades Básicas de Saúde (UBS). 
O objetivo é sensibilizar os profissionais para suspeição de casos de hanseníase, acolhimento do paciente, diagnóstico precoce, tratamento, prevenção de incapacidades e exame de comunicantes na unidade de saúde, além da realização de atividades de educação em saúde na comunidade com divulgação de sinais e sintomas da doença.
Essa primeira etapa se estenderá de 27 de maio a 14 de junho. A atividade será realizada pela Coordenação Municipal de Hanseníase e Tuberculose, em parceria com e Equipe de Vigilância Epidemiológica (SMS-JP) e equipe técnica do Distrito Sanitário IV.




Ações de Controle da Hanseníase na Atenção Básica

Esse blog foi criado com objetivo de promover troca de experiências, conhecimentos e informações entre profissionais que atuam nas Ações de Controle da Hanseníase, com vistas a apoiar as atividades desempenhadas por toda a equipe de saúde.