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terça-feira, 27 de setembro de 2016

Desculpe o transtorno, preciso falar de HANSENÍASE

A hanseníase é uma das doenças infectocontagiosa, de evolução lenta, e tem cura. Contudo apesar de ser uma das doenças mais antigas da história da humanidade, ainda não foi eliminada, podendo produzir incapacidades físicas e sociais, interferindo nas atividades e qualidade de vida das pessoas, além do estigma milenar que precisa urgentemente ser erradicado pela luz da informação e força de legislação.
O Brasil apresenta uma situação preocupante no cenário mundial, tendo¸ em 2015, diagnosticado 28.761 casos novos da doença, sendo juntamente com Índia e Indonésia responsáveis por mais de 10.000 novos pacientes anualmente. Juntos, esses três países representam 81% dos pacientes recém-diagnosticados e notificados no mundo, conforme dados do Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS).
A doença faz parte da lista de doenças negligenciadas e não alcançou a visibilidade que outras já conseguiram. Essa “invisibilidade” anestesia muito mais que as lesões de pele, mas também a divulgação de informação sobre a doença para a população em geral, que parece pouco saber sobre ela, apesar de estarmos vivendo um período onde as informações se propagam rapidamente pelas diversas formas de mídias formais e sociais. E toda vez que escuto alguém me perguntar se “essa doença ainda existe”, duas coisas me vêm no pensamento: de fato, a hanseníase não deveria mais existir; e o que falta acontecer para que seja divulgada e propagada em todos locais, mídias, redes sociais para que a população questione isso? Então, por que não somos bombardeados sobre o tema, considerando que a doença pode levar a deformidades e incapacidades físicas, acometendo adultos e crianças?
Em meio a isso, alguns profissionais e pessoas atingidas pela hanseníase se dedicam a divulgar sinais e sintomas da doença, garantir melhor assistência e qualidade de vida aos doentes e sensibilizar mais profissionais, gestores e a sociedade para esse problema de saúde pública, que já atingiu tantas pessoas.

Assim, desculpe o transtorno, mas é preciso falar de hanseníase.

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