A hanseníase é uma das doenças infectocontagiosa,
de evolução lenta, e tem cura. Contudo apesar de ser uma das doenças mais antigas da
história da humanidade, ainda não foi eliminada, podendo produzir incapacidades
físicas e sociais, interferindo nas atividades e qualidade de vida das pessoas,
além do estigma milenar que precisa urgentemente ser erradicado pela luz da informação
e força de legislação.
O Brasil apresenta uma situação preocupante no
cenário mundial, tendo¸ em 2015, diagnosticado 28.761 casos novos da doença,
sendo juntamente com Índia e Indonésia responsáveis por mais de 10.000 novos
pacientes anualmente. Juntos, esses três países representam 81% dos pacientes
recém-diagnosticados e notificados no mundo, conforme dados do Ministério da
Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS).
A doença faz parte da lista de doenças
negligenciadas e não alcançou a visibilidade que outras já conseguiram. Essa
“invisibilidade” anestesia muito mais que as lesões de pele, mas também a
divulgação de informação sobre a doença para a população em geral, que parece
pouco saber sobre ela, apesar de estarmos vivendo um período onde as
informações se propagam rapidamente pelas diversas formas de mídias formais e
sociais. E toda vez que escuto alguém me perguntar se “essa doença ainda existe”, duas coisas me vêm no pensamento: de fato, a hanseníase não deveria mais
existir; e o que falta acontecer para
que seja divulgada e propagada em todos locais, mídias, redes sociais para que
a população questione isso? Então, por que não somos bombardeados sobre o
tema, considerando que a doença pode levar a deformidades e incapacidades
físicas, acometendo adultos e crianças?
Em meio a isso, alguns profissionais e pessoas
atingidas pela hanseníase se dedicam a divulgar sinais e sintomas da
doença, garantir melhor assistência e qualidade de vida aos doentes e
sensibilizar mais profissionais, gestores e a sociedade para esse problema de
saúde pública, que já atingiu tantas pessoas.
Assim, desculpe o transtorno, mas é preciso falar
de hanseníase.
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